Cacau (Theobroma cacao)
O cacau é um fruto nativo da Amazônia que contém compostos bioativos com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias associadas a potenciais benefícios para a saúde cardiovascular e cognitiva. Além do aspecto medicinal, a cadeia produtiva do cacau na Amazônia se destaca por suas práticas sustentáveis e agroecológicas que promovem o equilíbrio com a conservação ambiental. Nos sistemas agroflorestais, o cacau é plantado junto com outras espécies, valorizando a diversidade ecológica da Amazônia. A cadeia produtiva do cacau contribui para a economia regional conservando a biodiversidade.
Açaí (Euterpe oleracea)
A cadeia do açaí consiste em uma fonte essencial de subsistência e expressão da identidade cultural para os povos tradicionais. Originária da região, a palmeira de açaí e seu fruto tornaram-se ícones culinários. Além de seu valor econômico como fonte de empregos e renda, o açaí é reconhecido como um superalimento rico em antioxidantes, fibras, vitaminas B1, C e E e minerais, associado a benefícios como o fortalecimento dos sistemas imunológico e cardiovascular e ao bom funcionamento do intestino.
Castanha-do Pará (Bertholletia excelsa)
Também conhecida como castanha-do-Brasil, é uma fonte crucial de subsistência e renda para comunidades ribeirinhas, indígenas e quilombolas da Amazônia. Além de seu valor econômico, a castanha se destaca pela contribuição à segurança alimentar, fornecendo nutrientes essenciais como selênio, proteínas e ácidos graxos, que garantem a subsistência alimentar para as comunidades locais. A cadeia produtiva da castanha desempenha um papel vital na valorização cultural, segurança alimentar e conservação ambiental.
Artesanato
Expressão viva da rica diversidade cultural da região, a cadeia produtiva do artesanato é crucial para os amazônidas. Além de preservar tradições, o artesanato gera renda para comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas, contribuindo para a inclusão econômica, especialmente das mulheres. Por usar produtos de diversas espécies, como caroços de frutas do açaí e do tucumã, uma infinidade de sementes, cipós e palhas, e fomentar um comércio que, com a Internet, passou a ir além das fronteiras dos territórios.
Ervas medicinais
As ervas medicinais são uma fonte rica de conhecimento tradicional e potencial terapêutico e medicinal. De plantas como a unha-de-gato (Uncaria tomentosa), com potencial anti-inflamatório, ao uchi-amarelo (Endopleura uchi) que está sendo
analisado em estudos contra obesidade e diabetes, a Amazônia abriga uma biodiversidade de espécies capaz impulsionar economias locais conservando práticas ancestrais e o meio ambiente.
Eco e etnoturismo
O turismo desponta como potencial na bioeconomia amazônica, destacando-se duas vertentes sustentáveis para impulsionar as economias locais, respeitando os povostradicionais e promovendo a conservação ambiental. O ecoturismo envolve atividades de apreciação da biodiversidade, como trilhas e visitas a pontos turísticos. Já o etnoturismo proporciona vivências culturais em comunidades tradicionais, permitindo aos turistas acompanharem atividades do cotidiano, como pesca e produção de artesanato.
Óleos vegetais
Ricos como a própria Amazônia, os óleos extraídos de espécies como Andiroba, Copaíba e Buriti são valorizados por suas aplicações na indústria e medicina tradicional, incluindo a produção de cosméticos. Eles fortalecem práticas de manejo comunitários, práticas que geram renda e contribuem para a conservação da biodiversidade.
Cacau (Theobroma cacao)
O cacau é um fruto nativo da Amazônia que contém compostos bioativos com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias associadas a potenciais benefícios para a saúde cardiovascular e cognitiva. Além do aspecto medicinal, a cadeia produtiva do cacau na Amazônia se destaca por suas práticas sustentáveis e agroecológicas que promovem o equilíbrio com a conservação ambiental. Nos sistemas agroflorestais, o cacau é plantado junto com outras espécies, valorizando a diversidade ecológica da Amazônia. A cadeia produtiva do cacau contribui para a economia regional conservando a biodiversidade.
Açaí (Euterpe oleracea)
A cadeia do açaí consiste em uma fonte essencial de subsistência e expressão da identidade cultural para os povos tradicionais. Originária da região, a palmeira de açaí e seu fruto tornaram-se ícones culinários. Além de seu valor econômico como fonte de empregos e renda, o açaí é reconhecido como um superalimento rico em antioxidantes, fibras, vitaminas B1, C e E e minerais, associado a benefícios como o fortalecimento dos sistemas imunológico e cardiovascular e ao bom funcionamento do intestino.
Castanha-do Pará (Bertholletia excelsa)
Também conhecida como castanha-do-Brasil, é uma fonte crucial de subsistência e renda para comunidades ribeirinhas, indígenas e quilombolas da Amazônia. Além de seu valor econômico, a castanha se destaca pela contribuição à segurança alimentar, fornecendo nutrientes essenciais como selênio, proteínas e ácidos graxos, que garantem a subsistência alimentar para as comunidades locais. A cadeia produtiva da castanha desempenha um papel vital na valorização cultural, segurança alimentar e conservação ambiental.
Artesanato
Expressão viva da rica diversidade cultural da região, a cadeia produtiva do artesanato é crucial para os amazônidas. Além de preservar tradições, o artesanato gera renda para comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas, contribuindo para a inclusão econômica, especialmente das mulheres. Por usar produtos de diversas espécies, como caroços de frutas do açaí e do tucumã, uma infinidade de sementes, cipós e palhas, e fomentar um comércio que, com a Internet, passou a ir além das fronteiras dos territórios.
Ervas medicinais
As ervas medicinais são uma fonte rica de conhecimento tradicional e potencial terapêutico e medicinal. De plantas como a unha-de-gato (Uncaria tomentosa), com potencial anti-inflamatório, ao uchi-amarelo (Endopleura uchi) que está sendo
analisado em estudos contra obesidade e diabetes, a Amazônia abriga uma biodiversidade de espécies capaz impulsionar economias locais conservando práticas ancestrais e o meio ambiente.
Eco e etnoturismo
O turismo desponta como potencial na bioeconomia amazônica, destacando-se duas vertentes sustentáveis para impulsionar as economias locais, respeitando os povostradicionais e promovendo a conservação ambiental. O ecoturismo envolve atividades de apreciação da biodiversidade, como trilhas e visitas a pontos turísticos. Já o etnoturismo proporciona vivências culturais em comunidades tradicionais, permitindo aos turistas acompanharem atividades do cotidiano, como pesca e produção de artesanato.
Óleos vegetais
Ricos como a própria Amazônia, os óleos extraídos de espécies como Andiroba, Copaíba e Buriti são valorizados por suas aplicações na indústria e medicina tradicional, incluindo a produção de cosméticos. Eles fortalecem práticas de manejo comunitários, práticas que geram renda e contribuem para a conservação da biodiversidade.
Um barco no sentido contrário do abismo
Pelos rios da Amazônia, navega-se pelo desafio de harmonizar desenvolvimento e a conservação. Embora existam correntes que buscam um crescimento que pode afetar outras formas de vida, há também uma crescente conscientização sobre a importância de um progresso sustentável. A economia na Amazônia tem a oportunidade de valorizar e proteger suas riquezas, procurando equilíbrio para garantir o bem-estar das futuras gerações. Com esforços colaborativos e práticas responsáveis, é possível vislumbrar um futuro onde a exuberante floresta e seus povos coexistam em prosperidade e equilíbrio.
Pelas águas dos rios, corre o desafio da Amazônia. Como quem rema contra o fluxo do respeito a outras formas de vida, seguiremos uma lógica de desenvolvimento que compromete o futuro, o presente e, muitas vezes, o passado? Parte da atual economia imposta à Amazônia explora suas riquezas ao risco de esgotá-las. Com isso, é possível que no futuro, não hajaá a rica floresta e seus povos.
Os braços desses rios, por entre suas curvas, se sustenta umaAmazônia, onde as águas correm livres e a floresta vale em pé vale muito. . São as mãos calejadas do remo que nos conduzem pelo remanso da travessia, pois elas conhecem até os contornos mais sinuosos dessas paragens amazônicas. Com os rios, correm os saberes que transformam esse patrimônio genético e cultural na economia da sociobiodiversidade.
Do silêncio das matas para o burburinho das cidades, o murmúrio dos rios é interrompido pelo vaivém de canoas, barcos, catraias, rabetas, balsas, lanchas e recreios, levando todo tipo de produto da biodiversidade para a Amazônia dos beiradões. É ali que a economia da floresta ganha forma, cores, cheiros e sabores.
Uma biodiversidade que se transforma. Das raízes e folhas que viram garrafadas nas mãos das benzedeiras às pimentas cultivadas por mulheres indígenas que temperam experiências gastronômicas únicas. Passando pelo pirarucu que vira alimento, artesanato e couro vegetal. O conhecimento acumulado pelo povos tradicionais ao longo de gerações cria um comércio vivo e pulsante, que aquece as economias da floresta e inspira o desenvolvimento sustentável na Amazônia.
Um barco no sentido contrário do abismo
Pelos rios da Amazônia, navega-se pelo desafio de harmonizar desenvolvimento e a conservação. Embora existam correntes que buscam um crescimento que pode afetar outras formas de vida, há também uma crescente conscientização sobre a importância de um progresso sustentável. A economia na Amazônia tem a oportunidade de valorizar e proteger suas riquezas, procurando equilíbrio para garantir o bem-estar das futuras gerações. Com esforços colaborativos e práticas responsáveis, é possível vislumbrar um futuro onde a exuberante floresta e seus povos coexistam em prosperidade e equilíbrio.
Pelas águas dos rios, corre o desafio da Amazônia. Como quem rema contra o fluxo do respeito a outras formas de vida, seguiremos uma lógica de desenvolvimento que compromete o futuro, o presente e, muitas vezes, o passado? Parte da atual economia imposta à Amazônia explora suas riquezas ao risco de esgotá-las. Com isso, é possível que no futuro, não hajaá a rica floresta e seus povos.
Os braços desses rios, por entre suas curvas, se sustenta umaAmazônia, onde as águas correm livres e a floresta vale em pé vale muito. . São as mãos calejadas do remo que nos conduzem pelo remanso da travessia, pois elas conhecem até os contornos mais sinuosos dessas paragens amazônicas. Com os rios, correm os saberes que transformam esse patrimônio genético e cultural na economia da sociobiodiversidade.
Do silêncio das matas para o burburinho das cidades, o murmúrio dos rios é interrompido pelo vaivém de canoas, barcos, catraias, rabetas, balsas, lanchas e recreios, levando todo tipo de produto da biodiversidade para a Amazônia dos beiradões. É ali que a economia da floresta ganha forma, cores, cheiros e sabores.
Uma biodiversidade que se transforma. Das raízes e folhas que viram garrafadas nas mãos das benzedeiras às pimentas cultivadas por mulheres indígenas que temperam experiências gastronômicas únicas. Passando pelo pirarucu que vira alimento, artesanato e couro vegetal. O conhecimento acumulado pelo povos tradicionais ao longo de gerações cria um comércio vivo e pulsante, que aquece as economias da floresta e inspira o desenvolvimento sustentável na Amazônia.
Saiba mais sobre a bioeconomia na Amazônia
Saiba mais sobre a bioeconomia na Amazônia
Amazônia urbana
Quando se fala em Amazônia, a imagem predominante é a vastidão de florestas, mas há uma face menos conhecida: a Amazônia urbana. Segundo o IBGE, 75% dos 28 milhões de moradores da Amazônia Legal, que inclui todos os estados em que o bioma amazônico se apresenta, vivem nas cidades. Das grandes metrópoles como Manaus, com seus 2 milhões de habitantes, às pequenas cidades encravadas na floresta, a vida que pulsa nos centros urbanos é parte da complexa narrativa amazônica.
Rotina que se desenrola entre ruas, rios, prédios e palafitas; no vaivém de gente em seus carros e barcos; entre a pressa dos comércios e a calmaria das praças onde a selva de pedra descansa.
O progresso da Amazônia urbana depende da educação de qualidade e do aprimoramento da infraestrutura local. Ao fortalecer essas áreas, podemos potencializar a valorização do vasto patrimônio genético e dos saberes tradicionais, convertendo-os em motores de desenvolvimento sustentável. Isso possibilitará que esses recursos não apenas se transformem em fontes de renda, mas também catalisem a promoção de uma economia mais inclusiva e consciente, que conserva a biodiversidade e a cultura amazônica.
Onde as Amazônias se encontram
Na Amazônia, os rios também nos levam a pontos de encontro que guardam a maior coleção de saberes de seus diversos povos: os mercados públicos. Dia após dia, esses comércios seculares ganham vida própria com uma intensa troca de produtos, conhecimentos e culturas. É onde as várias Amazônias se encontram.
É no burburinho desses aglomerados de sabedorias e vivências que a Amazônia se faz única. Perfumada como só os banhos de cheiro do Ver-o-Peso, bem servida pelos jaraquis, pacus, tambaquis e curimatãs. Nutrida pelo açaí que as águas do rio Amazonas levam ao Mercado Central de Macapá.
Nesse universo que é parte da Amazônia urbana dá para encontrar um pouquinho de cada pedaço dessa imensa – e imensurável – floresta. É por ali que ganham corpo as cadeias de valor. Açaí, cupuaçu, castanha, cacau, farinha, peixes, ervas medicinais e uma infinidade de produtos da floresta colorem os disputados corredores das feiras e mercados. A construção de uma economia do cuidado, capaz de promover o desenvolvimento sustentável dessas diferentes Amazônias.
Amazônia urbana
Quando se fala em Amazônia, a imagem predominante é a vastidão de florestas, mas há uma face menos conhecida: a Amazônia urbana. Segundo o IBGE, 75% dos 28 milhões de moradores da Amazônia Legal, que inclui todos os estados em que o bioma amazônico se apresenta, vivem nas cidades. Das grandes metrópoles como Manaus, com seus 2 milhões de habitantes, às pequenas cidades encravadas na floresta, a vida que pulsa nos centros urbanos é parte da complexa narrativa amazônica.
Rotina que se desenrola entre ruas, rios, prédios e palafitas; no vaivém de gente em seus carros e barcos; entre a pressa dos comércios e a calmaria das praças onde a selva de pedra descansa.
O progresso da Amazônia urbana depende da educação de qualidade e do aprimoramento da infraestrutura local. Ao fortalecer essas áreas, podemos potencializar a valorização do vasto patrimônio genético e dos saberes tradicionais, convertendo-os em motores de desenvolvimento sustentável. Isso possibilitará que esses recursos não apenas se transformem em fontes de renda, mas também catalisem a promoção de uma economia mais inclusiva e consciente, que conserva a biodiversidade e a cultura amazônica.
Onde as Amazônias se encontram
Na Amazônia, os rios também nos levam a pontos de encontro que guardam a maior coleção de saberes de seus diversos povos: os mercados públicos. Dia após dia, esses comércios seculares ganham vida própria com uma intensa troca de produtos, conhecimentos e culturas. É onde as várias Amazônias se encontram.
É no burburinho desses aglomerados de sabedorias e vivências que a Amazônia se faz única. Perfumada como só os banhos de cheiro do Ver-o-Peso, bem servida pelos jaraquis, pacus, tambaquis e curimatãs. Nutrida pelo açaí que as águas do rio Amazonas levam ao Mercado Central de Macapá.
Nesse universo que é parte da Amazônia urbana dá para encontrar um pouquinho de cada pedaço dessa imensa – e imensurável – floresta. É por ali que ganham corpo as cadeias de valor. Açaí, cupuaçu, castanha, cacau, farinha, peixes, ervas medicinais e uma infinidade de produtos da floresta colorem os disputados corredores das feiras e mercados. A construção de uma economia do cuidado, capaz de promover o desenvolvimento sustentável dessas diferentes Amazônias.
Conheça alguns produtos da Amazônia
Sabor da biodiversidade
Uma geleia que combina o sabor adocicado da manga Ubá com cumaru, uma semente conhecida como a baunilha da Amazônia. O cumaru é usado na medicina tradicional há gerações e valorizado pelas indústrias de cosméticos, farmacêutica e pela gastronomia, por conta de seu sabor e aroma com notas de baunilha, canela e chocolate. A coleta é uma atividade tradicional nos meses de seca, quando os frutos amadurecem. O manejo promove o monitoramento do território.
A geleia é um dos produtos oriundos da biodiversidade da SoulBrasil Cuisine, que também usa como matéria prima o açaí, cacau e pimentas jiquitaia, murupi e cumari, todas da Amazônia.
Farinha de coco babaçu
O coco babaçu é colhido quando está recém caído de maduro das palmeiras. O produto utilizado para a produção da farinha é fruto de plantios orgânicos feitos por famílias ribeirinhas e indígenas da região do Médio Rio Xingu, no Pará, sem uso de agrotóxicos ou fertilizantes.
A farinha de babaçu é produzida a partir do mesocarpo do coco, uma parte branca e fibrosa que fica entre a amêndoa e a casca. Após a coleta do coco babaçu, os extrativistas retiram a casca e deixam o mesocarpo secando ao sol. Depois da secagem, o mesocarpo é processado nas miniusinas, transformado em farinha e cuidadosamente embalado. Rico em ferro e fibras, é uma ótima substituta ao amido de milho.
Óleo de babaçu
Com aplicações nas indústrias cosmética, alimentícia, de sabões, detergentes e lubrificantes, o óleo de babaçu é produzido a partir da amêndoa do coco babaçu, o fruto de uma palmeira nativa da Amazônia.
A extração é feita a frio, nas miniusinas ribeirinhas e indígenas do médio Xingu, agregando valor ao produto e fortalecendo o papel das comunidades tradicionais na cadeia de valor.
A Rede de Cantinas Terra do Meio, formada por coletivos de pequenos agricultores, indígenas, quilombolas e extrativistas comercializa o óleo por meio da marca Vem do Xingu.
Óleo de castanha-do-Pará
O óleo de castanha-do-Pará é extraído por populações extrativistas da Terra do Meio, no Pará, artesanalmente ou em miniusinas que combinam o conhecimento tradicional com tecnologias de processamento de alimentos.
Ele é fruto do manejo das castanheiras, prática tradicional dos povos da floresta. A coleta das castanhas costuma ocorrer entre dezembro e abril.
O óleo pode ser usado na culinária, como no preparo de arroz, salada, carnes e bolos. A castanha tem um alto valor energético e potencial anti-inflamatório e antioxidante.
Óleo de Andiroba
O uso do óleo da Andiroba, uma espécie de árvore nativa da Amazônia, com fins medicinais faz parte da cultura ancestral dos povos da floresta.
Ele é extraído das sementes de forma artesanal por comunidades quilombolas da região de Oriximiná, que vêm transformando essa tradição em fonte de renda.
Com uso potencial pela indústria cosmética, o óleo de andiroba também é muito procurado por suas propriedades anti-inflamatórias, analgésicas, hidratante e repelente de insetos.
Óleo de copaíba
O óleo de copaíba é uma resina extraída das copaibeiras, árvores da espécie Copaifera, que são nativas da Amazônia. A extração é feita durante todo o ano por meio da perfuração de seu tronco com um trado – ferramenta que lembra um saca rolhas – para permitir que o óleo escape.
No quilombo de Oriximiná, no Pará, o mais antigo do país, os quilombolas fazem o uso do óleo de copaíba há dezenas de anos, principalmente para fins medicinais, como anti-inflamatório, cicatrizante, no tratamento de eczemas, doenças respiratórias, dores de garganta e de ouvido, entre outros. O produto é um dos mais importantes para a renda comunitária.
Raízes do açaí
O café de açaí é uma bebida funcional feita a partir do reaproveitamento do caroço do açaí, um fruto rico em fibras e antioxidantes.
Além de oferecer uma alternativa saudável e sem cafeína ao café tradicional, o café de açaí foi desenvolvido pensando em fomentar uma economia circular em torno da cadeia produtiva do açaí, reduzindo os resíduos e impactos ambientais gerados pelo descarte do caroço, que representa 85% do fruto mas, geralmente, é descartado nas ruas e rios.
A venda dos caroços de açaí beneficia, principalmente, mulheres ribeirinhas.
Castanha amazônica
A Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Acre (Cooperacre) reúne cooperativas de extrativistas e agricultores familiares de 18 municípios do Acre, que envolvem mais de 2,5 mil famílias. A cooperativa é responsável por uma das maiores produções de castanha beneficiada do país. Além da castanha-do Pará, a Cooperacre beneficia polpa de frutas, palmito de pupunha e látex.
Seus produtos chegam a mais de 20 estados brasileiros e pelo menos 11 países. A borracha, por exemplo, é usada na fabricação de tênis de marcas internacionais como a francesa Veja – VERT no Brasil.
Pimenta Baniwa
Produzida pelo povo indígena Baniwa, do Alto Rio Negro, no Amazonas, a pimenta jiquitaia é fruto da diversidade e do cuidado das mulheres indígenas. O cultivo é baseado no Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro, reconhecido como Patrimônio Cultural pelo Iphan em 2010.
Embalados e comercializados nas próprias comunidades ao longo das margens do rio Içana, as pimentas se tornaram uma iguaria culinária e hoje são encontradas na internet e em lojas físicas em diversos estados do país e nos EUA.
Xarope de jambu
O xarope de jambu, uma erva típica da região Norte rica em ferro e vitamina C, é um dos produtos mais vendidos do Centro do Empreendedor Indígena Yandé Muraki, em Manaus.
Segundo Yuri Magno, indígena responsável pelo produto, a mistura usa folha do jambu e outras plantas, como cumaru e seiva de jatobá. A infusão combate tosse, dores no peito e funciona como um expectorante natural.
O jambu, conhecido por provocar uma sensação de dormência na boca quando consumido, também é bastante apreciado na culinária amazônica.
Cogumelo Yanomami
Sanöma - Cogumelo Yanomami
Produto do Sistema Agrícola Tradicional Yanomami, esses cogumelos são cultivados pelo povo Sanöma – um subgrupo Yanomami que habita a região de Awaris, nas florestas de montanha do extremo Noroeste de Roraima, na Terra Indígena Yanomami – com a floresta. Os Sanöma têm o cogumelo na base da dieta, consumindo como proteína para substituir a carne quando não há caça disponível.
A produção de 15 espécies diferentes de cogumelo é resultado de um profundo conhecimento da ecologia e do manejo da floresta. Por meio de parcerias entre organizações indígenas e empresas, o cogumelo Yanomami pode ser adquirido por lojas que vendem o produto em diversos estados ou pela internet.
Chocolate com pimenta
Os chocolates Nakau usam pimentas Jiquitaia cultivadas nas roças e quintais das mulheres indígenas do povo Baniwa que habita a região do Alto Rio Negro, no Amazonas, em sua produção.
A marca é da Na Floresta Alimentos Amazônicos, uma empresa de impacto socioambiental criada em 2013 e que trabalha com comunidades ribeirinhas, extrativistas e indígenas.
Com uma vasta linha de sabores, o chocolate Nakau é feito 100% com cacau orgânico de áreas de várzea do Amazonas, com o propósito de valorizar os povos tradicionais e fortalecer os sistemas tradicionais de produção, que ajudam a manter a floresta em pé.
Tucum
A Tucum é uma plataforma de venda de artes indígenas. Ela foi criada com o intuito de assessorar as organizações indígenas na estruturação da cadeia produtiva do artesanato, do desenvolvimento de seus negócios até a venda.
A plataforma facilita a comercialização ao conectar artesãs e artesãos de aproximadamente 40 povos indígenas a consumidores. No site é possível encontrar de utensílios domésticos e objetivos decorativos a biojóias, cestarias, roupas e instrumentos musicais indígenas.
Da Tribu
O encontro entre a Da Tribu, uma marca que nasceu em 2009, e comunidades extrativistas do Pará, mostra um novo caminho para a moda sustentável.
Apostando em conceitos sustentáveis, as peças ganham nova essência com o uso do fio de algodão ecológico banhado em látex, o ouro branco da Amazônia, extraído por famílias de seringueiros da Ilha de Cotijuba, uma Área de Proteção Ambiental que integra a Grande Belém.
A extração do látex que dá forma a brincos, colares, pulseias, anéis e os mais diversos acessórios, é feita por duas famílias que têm nesta a sua principal atividade econômica, gerando impacto positivo sobre cerca de 30 famílias.
De Mendes
Chocolates De Mendes
Com produção artesanal, desde 2014, a De Mendes produz chocolate com frutos e conhecimentos amazônicos.
A busca pelo cacau nativo ou selvagem levou a empresa a buscar parcerias com comunidades tradicionais da Amazônia, que receberam treinamento para todas as etapas da produção de um cacau fino, da colheita à secagem.
O trabalho da De Mendes está baseado em duas vertentes: uso exclusivo de cacau nativo da Amazônia e associação com comunidades tradicionais no processo produtivo.
o chocolate da floresta
Filha do Combu, o chocolate da floresta
Produção orgânica de cacau com base em sistema agroflorestal administrado por dona Nena, uma mulher ribeirinha da Ilha do Combu, no Pará, que se inspirou no conhecimento e na tradição familiar para fabricar chocolate de forma artesanal.
A Filha do Combu fomenta o plantio sustentável de famílias da região e estimula o ecoturismo gastronômico, atraindo visitantes interessados em conhecer a produção. O chocolate também é vendido para restaurantes e gastrônomos, além de exportado para outros países.
Pirarucu de manejo
Gosto da Amazônia é a marca criada por ribeirinhos que fazem manejo sustentável do Pirarucu, beneficiam e comercializam o pescado para todo o país. É mantido por um coletivo de pescadores, representantes de organizações de base, técnicos e pesquisadores das bacias dos rios Purus, Negro, Juruá e Solimões.
O objetivo do Coletivo é unir iniciativas de manejo sustentável do pirarucu no Amazonas para articulação conjunta de estratégias de valorização e fortalecimento, contribuindo para a consolidação de uma cadeia de valor do pirarucu de manejo sustentável economicamente e socialmente justa.
Ervas e garrafadas
Marapoama, pau ferro, cavalinha, espinheira santa, jucá, ipê-roxo, andiroba, copaíba, aroeira, paxiúba, carrapatinho. No mercado do Ver-o-Peso, em Belém, as tradicionais erveiras, famosas pelas garrafadas para todo e qualquer mal, são as guardiãs do conhecimento ancestral de manejo das plantas para uso medicinal ou terapêutico.
O uso das plantas medicinais está presente na história da humanidade desde as primeiras civilizações, como os egípcios, chineses e hindus. Na Amazônia, esse conhecimento é dominado, principalmente, pelos povos da floresta, como indígenas, quilombolas e caboclos.
Conheça alguns produtos da Amazônia
Sabor da biodiversidade
Uma geleia que combina o sabor adocicado da manga Ubá com cumaru, uma semente conhecida como a baunilha da Amazônia. O cumaru é usado na medicina tradicional há gerações e valorizado pelas indústrias de cosméticos, farmacêutica e pela gastronomia, por conta de seu sabor e aroma com notas de baunilha, canela e chocolate. A coleta é uma atividade tradicional nos meses de seca, quando os frutos amadurecem. O manejo promove o monitoramento do território.
A geleia é um dos produtos oriundos da biodiversidade da SoulBrasil Cuisine, que também usa como matéria prima o açaí, cacau e pimentas jiquitaia, murupi e cumari, todas da Amazônia.
Farinha de coco babaçu
O coco babaçu é colhido quando está recém caído de maduro das palmeiras. O produto utilizado para a produção da farinha é fruto de plantios orgânicos feitos por famílias ribeirinhas e indígenas da região do Médio Rio Xingu, no Pará, sem uso de agrotóxicos ou fertilizantes.
A farinha de babaçu é produzida a partir do mesocarpo do coco, uma parte branca e fibrosa que fica entre a amêndoa e a casca. Após a coleta do coco babaçu, os extrativistas retiram a casca e deixam o mesocarpo secando ao sol. Depois da secagem, o mesocarpo é processado nas miniusinas, transformado em farinha e cuidadosamente embalado. Rico em ferro e fibras, é uma ótima substituta ao amido de milho.
Óleo de babaçu
Com aplicações nas indústrias cosmética, alimentícia, de sabões, detergentes e lubrificantes, o óleo de babaçu é produzido a partir da amêndoa do coco babaçu, o fruto de uma palmeira nativa da Amazônia.
A extração é feita a frio, nas miniusinas ribeirinhas e indígenas do médio Xingu, agregando valor ao produto e fortalecendo o papel das comunidades tradicionais na cadeia de valor.
A Rede de Cantinas Terra do Meio, formada por coletivos de pequenos agricultores, indígenas, quilombolas e extrativistas comercializa o óleo por meio da marca Vem do Xingu.
Óleo de castanha-do-Pará
O óleo de castanha-do-Pará é extraído por populações extrativistas da Terra do Meio, no Pará, artesanalmente ou em miniusinas que combinam o conhecimento tradicional com tecnologias de processamento de alimentos.
Ele é fruto do manejo das castanheiras, prática tradicional dos povos da floresta. A coleta das castanhas costuma ocorrer entre dezembro e abril.
O óleo pode ser usado na culinária, como no preparo de arroz, salada, carnes e bolos. A castanha tem um alto valor energético e potencial anti-inflamatório e antioxidante.
Óleo de Andiroba
O uso do óleo da Andiroba, uma espécie de árvore nativa da Amazônia, com fins medicinais faz parte da cultura ancestral dos povos da floresta.
Ele é extraído das sementes de forma artesanal por comunidades quilombolas da região de Oriximiná, que vêm transformando essa tradição em fonte de renda.
Com uso potencial pela indústria cosmética, o óleo de andiroba também é muito procurado por suas propriedades anti-inflamatórias, analgésicas, hidratante e repelente de insetos.
Óleo de copaíba
O óleo de copaíba é uma resina extraída das copaibeiras, árvores da espécie Copaifera, que são nativas da Amazônia. A extração é feita durante todo o ano por meio da perfuração de seu tronco com um trado – ferramenta que lembra um saca rolhas – para permitir que o óleo escape.
No quilombo de Oriximiná, no Pará, o mais antigo do país, os quilombolas fazem o uso do óleo de copaíba há dezenas de anos, principalmente para fins medicinais, como anti-inflamatório, cicatrizante, no tratamento de eczemas, doenças respiratórias, dores de garganta e de ouvido, entre outros. O produto é um dos mais importantes para a renda comunitária.
Raízes do açaí
O café de açaí é uma bebida funcional feita a partir do reaproveitamento do caroço do açaí, um fruto rico em fibras e antioxidantes.
Além de oferecer uma alternativa saudável e sem cafeína ao café tradicional, o café de açaí foi desenvolvido pensando em fomentar uma economia circular em torno da cadeia produtiva do açaí, reduzindo os resíduos e impactos ambientais gerados pelo descarte do caroço, que representa 85% do fruto mas, geralmente, é descartado nas ruas e rios.
A venda dos caroços de açaí beneficia, principalmente, mulheres ribeirinhas.
Castanha amazônica
A Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Acre (Cooperacre) reúne cooperativas de extrativistas e agricultores familiares de 18 municípios do Acre, que envolvem mais de 2,5 mil famílias. A cooperativa é responsável por uma das maiores produções de castanha beneficiada do país. Além da castanha-do Pará, a Cooperacre beneficia polpa de frutas, palmito de pupunha e látex.
Seus produtos chegam a mais de 20 estados brasileiros e pelo menos 11 países. A borracha, por exemplo, é usada na fabricação de tênis de marcas internacionais como a francesa Veja – VERT no Brasil.
Pimenta Baniwa
Produzida pelo povo indígena Baniwa, do Alto Rio Negro, no Amazonas, a pimenta jiquitaia é fruto da diversidade e do cuidado das mulheres indígenas. O cultivo é baseado no Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro, reconhecido como Patrimônio Cultural pelo Iphan em 2010.
Embalados e comercializados nas próprias comunidades ao longo das margens do rio Içana, as pimentas se tornaram uma iguaria culinária e hoje são encontradas na internet e em lojas físicas em diversos estados do país e nos EUA.
Xarope de jambu
O xarope de jambu, uma erva típica da região Norte rica em ferro e vitamina C, é um dos produtos mais vendidos do Centro do Empreendedor Indígena Yandé Muraki, em Manaus.
Segundo Yuri Magno, indígena responsável pelo produto, a mistura usa folha do jambu e outras plantas, como cumaru e seiva de jatobá. A infusão combate tosse, dores no peito e funciona como um expectorante natural.
O jambu, conhecido por provocar uma sensação de dormência na boca quando consumido, também é bastante apreciado na culinária amazônica.
Cogumelo Yanomami
Sanöma - Cogumelo Yanomami
Produto do Sistema Agrícola Tradicional Yanomami, esses cogumelos são cultivados pelo povo Sanöma – um subgrupo Yanomami que habita a região de Awaris, nas florestas de montanha do extremo Noroeste de Roraima, na Terra Indígena Yanomami – com a floresta. Os Sanöma têm o cogumelo na base da dieta, consumindo como proteína para substituir a carne quando não há caça disponível.
A produção de 15 espécies diferentes de cogumelo é resultado de um profundo conhecimento da ecologia e do manejo da floresta. Por meio de parcerias entre organizações indígenas e empresas, o cogumelo Yanomami pode ser adquirido por lojas que vendem o produto em diversos estados ou pela internet.
Chocolate com pimenta
Os chocolates Nakau usam pimentas Jiquitaia cultivadas nas roças e quintais das mulheres indígenas do povo Baniwa que habita a região do Alto Rio Negro, no Amazonas, em sua produção.
A marca é da Na Floresta Alimentos Amazônicos, uma empresa de impacto socioambiental criada em 2013 e que trabalha com comunidades ribeirinhas, extrativistas e indígenas.
Com uma vasta linha de sabores, o chocolate Nakau é feito 100% com cacau orgânico de áreas de várzea do Amazonas, com o propósito de valorizar os povos tradicionais e fortalecer os sistemas tradicionais de produção, que ajudam a manter a floresta em pé.
Tucum
A Tucum é uma plataforma de venda de artes indígenas. Ela foi criada com o intuito de assessorar as organizações indígenas na estruturação da cadeia produtiva do artesanato, do desenvolvimento de seus negócios até a venda.
A plataforma facilita a comercialização ao conectar artesãs e artesãos de aproximadamente 40 povos indígenas a consumidores. No site é possível encontrar de utensílios domésticos e objetivos decorativos a biojóias, cestarias, roupas e instrumentos musicais indígenas.
Da Tribu
O encontro entre a Da Tribu, uma marca que nasceu em 2009, e comunidades extrativistas do Pará, mostra um novo caminho para a moda sustentável.
Apostando em conceitos sustentáveis, as peças ganham nova essência com o uso do fio de algodão ecológico banhado em látex, o ouro branco da Amazônia, extraído por famílias de seringueiros da Ilha de Cotijuba, uma Área de Proteção Ambiental que integra a Grande Belém.
A extração do látex que dá forma a brincos, colares, pulseias, anéis e os mais diversos acessórios, é feita por duas famílias que têm nesta a sua principal atividade econômica, gerando impacto positivo sobre cerca de 30 famílias.
De Mendes
Chocolates De Mendes
Com produção artesanal, desde 2014, a De Mendes produz chocolate com frutos e conhecimentos amazônicos.
A busca pelo cacau nativo ou selvagem levou a empresa a buscar parcerias com comunidades tradicionais da Amazônia, que receberam treinamento para todas as etapas da produção de um cacau fino, da colheita à secagem.
O trabalho da De Mendes está baseado em duas vertentes: uso exclusivo de cacau nativo da Amazônia e associação com comunidades tradicionais no processo produtivo.
o chocolate da floresta
Filha do Combu, o chocolate da floresta
Produção orgânica de cacau com base em sistema agroflorestal administrado por dona Nena, uma mulher ribeirinha da Ilha do Combu, no Pará, que se inspirou no conhecimento e na tradição familiar para fabricar chocolate de forma artesanal.
A Filha do Combu fomenta o plantio sustentável de famílias da região e estimula o ecoturismo gastronômico, atraindo visitantes interessados em conhecer a produção. O chocolate também é vendido para restaurantes e gastrônomos, além de exportado para outros países.
Pirarucu de manejo
Gosto da Amazônia é a marca criada por ribeirinhos que fazem manejo sustentável do Pirarucu, beneficiam e comercializam o pescado para todo o país. É mantido por um coletivo de pescadores, representantes de organizações de base, técnicos e pesquisadores das bacias dos rios Purus, Negro, Juruá e Solimões.
O objetivo do Coletivo é unir iniciativas de manejo sustentável do pirarucu no Amazonas para articulação conjunta de estratégias de valorização e fortalecimento, contribuindo para a consolidação de uma cadeia de valor do pirarucu de manejo sustentável economicamente e socialmente justa.
Ervas e garrafadas
Marapoama, pau ferro, cavalinha, espinheira santa, jucá, ipê-roxo, andiroba, copaíba, aroeira, paxiúba, carrapatinho. No mercado do Ver-o-Peso, em Belém, as tradicionais erveiras, famosas pelas garrafadas para todo e qualquer mal, são as guardiãs do conhecimento ancestral de manejo das plantas para uso medicinal ou terapêutico.
O uso das plantas medicinais está presente na história da humanidade desde as primeiras civilizações, como os egípcios, chineses e hindus. Na Amazônia, esse conhecimento é dominado, principalmente, pelos povos da floresta, como indígenas, quilombolas e caboclos.
Floresta de valor:
Cadeias produtivas amazônicas
Conhecer as conexões entre os povos locais e suas práticas tradicionais é crucial para agregar valor ao patrimônio genético e cultural que a Amazônia guarda. Ao compreendermos as cadeias produtivas e reconhecermos o valor dos produtos da biodiversidade, abrimos caminho para uma economia sustentável e inclusiva.
A economia da floresta pode inspirar uma abordagem centrada no respeito ao meio ambiente, na valorização dos conhecimentos tradicionais e no estímulo a práticas que promovam a conservação da Amazônia e a melhoria da qualidade de vida das comuni- dades locais. Investir nessa perspectiva impulsiona um modelo econômico que reconhece o papel da floresta e de seus povos para o equilíbrio global.Pelas águas dos rios, corre o desafio da Amazônia. Como quem rema contra o fluxo do respeito a outras formas de vida, seguiremos uma lógica de desenvolvimento que compromete o futuro, o presente e, muitas vezes, o passado? Parte da atual economia imposta à Amazônia explora suas riquezas ao risco de esgotá-las. Com isso, é possível que no futuro, não hajaá a rica floresta e seus povos.