A Floresta e o mundo
Será que a Amazônia pertence ao Brasil ou é o Brasil que pertence à Amazônia?
O bioma amazônico não é só nosso: ele cobre mais da metade do território de oito países da América Latina, incluindo o Brasil, onde ocupa 49% do território brasileiro, englobando a totalidade de oito estados (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) e parte do Estado do Maranhão. Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Venezuela e Suriname também são parte da floresta amazônica, assim como a Guiana Francesa.
Com mais de 6,7 milhões de km2, se fosse um país, o bioma amazônico seria o sétimo maior do mundo. Sozinha, a Amazônia abriga mais de 390 bilhões de árvores, que representam 13% das árvores do mundo. Sua infinidade de ecossistemas aquáticos e terrestres são o lar de mais de 10% de todas as espécies descritas na face da Terra: mais de 400 espécies de mamíferos, 1.300 de aves e 805 de répteis e anfíbios já contabilizados.
A Amazônia conta com diversas formações vegetais, apesar de ser sempre associada a floresta alta, verde, chuvosa e densa. Outros diferentes ecossistemas incluem florestas de várzeas e igapós, manguezais, savanas e vegetações campestres.
A Floresta e o mundo
Será que a Amazônia pertence ao Brasil ou é o Brasil que pertence à Amazônia?
O bioma amazônico não é só nosso: ele cobre mais da metade do território de oito países da América Latina, incluindo o Brasil, onde ocupa 49% do território brasileiro, englobando a totalidade de oito estados (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) e parte do Estado do Maranhão. Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Venezuela e Suriname também são parte da floresta amazônica, assim como a Guiana Francesa.
Com mais de 6,7 milhões de km2, se fosse um país, o bioma amazônico seria o sétimo maior do mundo. Sozinha, a Amazônia abriga mais de 390 bilhões de árvores, que representam 13% das árvores do mundo. Sua infinidade de ecossistemas aquáticos e terrestres são o lar de mais de 10% de todas as espécies descritas na face da Terra: mais de 400 espécies de mamíferos, 1.300 de aves e 805 de répteis e anfíbios já contabilizados.
A Amazônia conta com diversas formações vegetais, apesar de ser sempre associada a floresta alta, verde, chuvosa e densa. Outros diferentes ecossistemas incluem florestas de várzeas e igapós, manguezais, savanas e vegetações campestres.
As veias da floresta
A bacia amazônica é a maior do mundo, e o Rio Amazonas, o maior e mais volumoso rio do mundo, é formado pelo enconto do Rio Negro e Solimões. Ao longo do Rio Negro, há mais que o dobro de espécies descritas em toda a Europa. Só nas florestas de várzea, um dos diversos tipos de vegetação da Amazônia, vivem 14% de todos os pássaros encontrados no mundo. Sem falar no que sequer conhecemos: na Amazônia se descobre, em média, uma nova espécie a cada dois dias.
É pelas águas que a vida flui na Amazônia. Como veias correndo pelo organismo-floresta, um emaranhado de rios, lagos, furos, várzeas, igapós e igarapés formam o mais abundante reservatório de água doce e o maior aquífero que se tem conhecimento no mundo, capaz de abastecer o planeta inteiro sozinho. São 1700 rios, que colocam a bacia amazônica como a maior do mundo. O maior deles, o Amazonas, responde por um quinto da água doce despejada no oceano Atlântico.
Nos períodos de cheia, esse ecossistema aquático chega a cobrir mais de 800 mil quilômetros quadrados. Nessas águas vivem 15% da diversidade de ictiofauna de água doce já conhecida: são mais de 3.000 espécies de peixes, 45% delas endêmicas – ou seja, só existem nesta região.
No lado brasileiro, são 25 mil quilômetros de rios navegáveis que, como estradas que são para os amazônidas, conectam as várias Amazônias, do Acre ao Amapá.
Como os rios que a desenham no subsolo, por terra ou pelo ar, a Amazônia é um ecossistema complexo e interligado, e seus corpos hídricos são os veios que permitem que a vida corra e alimente os organismos que dele dependem. Esse potencial também está ameaçado pelo aumento do estresse climático e pelo avanço da degradação ambiental no bioma, que vêm refletindo no distúrbio dos ciclos hídricos e em secas recordes nos rios da Amazônia.
Tudo isso está ameaçado pelo avanço do desmatamento ilegal, que já devastou perto de 20% das florestas originárias – o equivalente a 83 milhões de campos de futebol – e que pode levar o bioma para seu ponto de não retorno: quando a floresta deixará de absorver para produzir carbono, acelerando o aquecimento global.
Evitar e mitigar impactos ambientais negativos e maximizar impactos positivos passa pela construção de uma economia baseada na floresta, que respeite os povos e comunidadades locais. Pesquisa e inovação são fudamentais para o desenvolvimento da bioeconomia, e a indústria faz parte da solução. A cooperação e a colaboração entre todos os segmentos da sociedade, prezando pela escuta ativa dos amazônidas, é a melhor solução para a Amazônia e para o planeta.
As veias da floresta
A bacia amazônica é a maior do mundo, e o Rio Amazonas, o maior e mais volumoso rio do mundo, é formado pelo enconto do Rio Negro e Solimões. Ao longo do Rio Negro, há mais que o dobro de espécies descritas em toda a Europa. Só nas florestas de várzea, um dos diversos tipos de vegetação da Amazônia, vivem 14% de todos os pássaros encontrados no mundo. Sem falar no que sequer conhecemos: na Amazônia se descobre, em média, uma nova espécie a cada dois dias.
É pelas águas que a vida flui na Amazônia. Como veias correndo pelo organismo-floresta, um emaranhado de rios, lagos, furos, várzeas, igapós e igarapés formam o mais abundante reservatório de água doce e o maior aquífero que se tem conhecimento no mundo, capaz de abastecer o planeta inteiro sozinho. São 1700 rios, que colocam a bacia amazônica como a maior do mundo. O maior deles, o Amazonas, responde por um quinto da água doce despejada no oceano Atlântico.
Nos períodos de cheia, esse ecossistema aquático chega a cobrir mais de 800 mil quilômetros quadrados. Nessas águas vivem 15% da diversidade de ictiofauna de água doce já conhecida: são mais de 3.000 espécies de peixes, 45% delas endêmicas – ou seja, só existem nesta região.
No lado brasileiro, são 25 mil quilômetros de rios navegáveis que, como estradas que são para os amazônidas, conectam as várias Amazônias, do Acre ao Amapá.
Como os rios que a desenham no subsolo, por terra ou pelo ar, a Amazônia é um ecossistema complexo e interligado, e seus corpos hídricos são os veios que permitem que a vida corra e alimente os organismos que dele dependem. Esse potencial também está ameaçado pelo aumento do estresse climático e pelo avanço da degradação ambiental no bioma, que vêm refletindo no distúrbio dos ciclos hídricos e em secas recordes nos rios da Amazônia.
Tudo isso está ameaçado pelo avanço do desmatamento ilegal, que já devastou perto de 20% das florestas originárias – o equivalente a 83 milhões de campos de futebol – e que pode levar o bioma para seu ponto de não retorno: quando a floresta deixará de absorver para produzir carbono, acelerando o aquecimento global.
Evitar e mitigar impactos ambientais negativos e maximizar impactos positivos passa pela construção de uma economia baseada na floresta, que respeite os povos e comunidadades locais. Pesquisa e inovação são fudamentais para o desenvolvimento da bioeconomia, e a indústria faz parte da solução. A cooperação e a colaboração entre todos os segmentos da sociedade, prezando pela escuta ativa dos amazônidas, é a melhor solução para a Amazônia e para o planeta.