A O.I.A. – Oficina de Inovação e Ancestralidade foi criada em 2019, quando Karina Karim, Thaís Silva e Thalita Lopes eram alunas do curso de Engenharia da Universidade Federal Fluminense. O projeto nasceu com o objetivo de discutir com alunos das escolas públicas a contribuição da diáspora africana no patrimônio cultural, com foco em Ciência e Tecnologia.
O OriSat é um nanossatélite estacionário, ou seja, ele se mantém parado em relação a um ponto sobre a Terra, com o objetivo de mapear o microclima da região e auxiliar na criação de plantações e hortas comunitárias urbanas. A palavra Orí significa “cabeça” em iorubá e remete ao orixá que rege a vida de cada pessoa. Mas as referências à ancestralidade vão muito além do nome.
As informações sobre questões pluviométricas, umidade do solo, luminosidade e velocidade do vento, obtidas pelo OriSat, são cruzadas com outros tipos de dados, associados aos conhecimentos ancestrais sobre o processo de seleção das sementes, o cultivo, a colheita e a estocagem, por exemplo.
Nesse projeto afrofuturista, ciência, tecnologia e ancestralidade tornam-se forças solidárias na luta de comunidades tradicionais e periféricas por soberania alimentar.